Mais de 4000 mil famílias foram atendidas
com obras hídricas (cisternas de placas)
e mais de 200 famílias com atividades produtivas
Nos anos de 1997/98, mais uma vez, uma grande seca atingiu a região. E toda a sociedade foi convocada para um grande mutirão intitulado “campanha de solidariedade aos povos do semi – árido”. Surge, então, a necessidade da realização de um trabalho solidário e voluntário com vistas a sanar, ou pelo menos amenizar, o sofrimento das pessoas diretamente atingidas.
Essa campanha impulsionou a Caritas a adotar uma nova proposta de atuação na região, juntamente com outras entidades, baseada no conceito de convivência com o semi–árido, sendo este entendido como um modelo de desenvolvimento que leva em consideração a relação entre homens e mulheres com seu meio ambiente. Dentro dessa lógica a campanha emergencial deu origem ao “Programa de Convivência com o Semi – Árido”, cuja proposta básica é contribuir para a conquista da cidadania e da dignidade para todas as pessoas construtoras desse novo ideal de convivência.
A Cáritas vem buscando uma nova compreensão de semi-árido enquanto realidade sócio-ambiental, complexa e conflitiva, dentro de um processo mais amplo de educação política que proporcione a formação de uma consciência crítica. Isso se dá a partir da mobilização e organização comunitária; capacitação técnica e política para o desenvolvimento solidário e sustentável; construção de cisternas de placas e cisternas calçadão, barragens subterrâneas, quintais produtivos, hortas orgânicas, casas de sementes, sistemas agroflorestais e agrossilvopastoril, farmácia viva, criação de pequenos animais, viveiro de mudas, construção de banheiros, campanha de aquisição de filtros, poços profundos e organização comunitária.
Parece muito! Sem dúvida. E o melhor de tudo; é real Todas essas experiências, que têm como foco principal colaborar com a construção de uma vida mais digna para homens e mulheres vítimas de um sistema sócio-econômico excludente, acontecem em várias comunidades dos municípios de Aracati, Fortim, Russas, Morada Nova, Potiretama, Limoeiro do Norte, Itaiçaba, entre outros da diocese de Limoeiro do Norte.
“Não queimo mais, após a colheita deixo o mato e não arranco mais e nem destoco... mudei minha maneira de plantar.”
Senhor Manoel – Assentamento Riacho Seco – Potiretama
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