O grito de ordem contra o "projeto de desenvolvimento" dessa vez veio da Barragem do Figueiredo. As manifestações do povo falavam da sede, da falta de energia, do atraso na entrega das cestas básicas (e olha que elas vieram chegar justamente no dia e horário da inauguração da Barragem! ...Por que será? Será que tentaram mais uma vez calar a boca desse povo que há mais de dez anos sofre com as injustiças do governo? A concentração iniciou por volta das oito horas na agrovila São José. Os manifestantes pintaram o rosto e usaram nariz de palhaço em repúdio a "festa de inauguração" que como bem disse a militante do MAB, Damiana Bruno, ao invés de progresso trouxe sofrimento para o povo. "Não sei o que se festeja", complementa a assentada que desde fevereiro deste ano foi transferida para a vila do reassentamento sem nenhuma condição de moradia: falta água, energia, trabalho, saúde, nossas crianças estão sendo transportadas em pau-de-arara e ninguém faz nada! reclama. Os gritos de ordem tomaram conta perante aos discursos dos governos. "Figueiredo, o povo paga o preço" e Água para o povo, não pros empresários" foram entoados como que cantos do povo de Deus na luta por justiça. E como se não bastasse o absurdo das falas dos que se vangloriavam por mais uma obra de "combate à seca", foi anunciado com muita alegria (pelo governador) a ordem para construção do Lago de Fronteiras - o mais absurdo é que pagaram pra algumas pessoas segurarem faixas de agradecimento por mais essa obra! Vejam os gritos da população diante desse ato violento de negaçãod e direitos!!
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